Quem foi Alessandro Volta?

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Alessandro Volta foi um físico italiano nascido em Como, Itália, em 18 de fevereiro de 1745. Desde criança, ele não demonstrava sinais de fala, o que levou sua família a temer que ele fosse burro ou não muito inteligente. Mas, felizmente, seus medos estavam equivocados. Desde cedo, Volta mostrou interesse no mundo ao seu redor e queria se tornar um cientista, desafiando a vontade de sua família que desejava que ele se tornasse um advogado (algumas fontes afirmam que desejavam que ele fosse padre).

Volta tornou-se professor de física na Royal School of Como em 1774. Sua paixão pela eletricidade o levou a várias invenções ao longo de sua vida. Em 1775, ele melhorou o eletróforo, um dispositivo usado para gerar eletricidade estática e transferi-la para outros objetos. Volta também descobriu e isolou o gás metano em 1776. Três anos depois, foi nomeado para a cadeira de física na Universidade de Pavia.

Volta inventou em 1777 um eudiômetro muito melhor do que qualquer outro que havia antes. Um eudiômetro testa a quantidade de oxigênio presente no ar para determinar a qualidade da respiração. O eudiômetro de Volta era superior aos outros porque usava hidrogênio como o gás que reage com o oxigênio, dando uma reação limpa e confiável.

Em 1791, um amigo de Volta, Luigi Galvani, anunciou que o contato de dois metais diferentes com os músculos da perna de um sapo resultou na geração de uma corrente elétrica que fez a perna se contorcer. Galvani interpretou isso como uma nova forma de eletricidade encontrada em tecidos vivos, que ele chamou de “eletricidade animal”. Mas Volta, com sua visão científica e determinação, começou a fazer experiências apenas com metais em 1792 e descobriu que o tecido animal não era necessário para produzir uma corrente. Isso provocou muita controvérsia entre os adeptos da eletricidade animal e os defensores da eletricidade metálica, mas com o anúncio da primeira bateria elétrica em 1800, a vitória foi garantida para Volta.

A bateria de Volta, também conhecida como pilha voltaica ou coluna voltaica, foi uma invenção absolutamente crucial no desenvolvimento de nossa civilização baseada em tecnologia. Consistia em discos alternados de zinco e prata (ou cobre e estanho) separados por papel ou tecido embebido em água salgada ou hidróxido de sódio. Foi uma fonte simples e confiável de corrente elétrica que não precisava ser recarregada como a jarra de Leyden.

Sua invenção rapidamente levou a uma nova onda de experimentos elétricos, levando os cientistas ingleses William Nicholson e Anthony Carlisle a descobrirem a eletrólise, ou seja, como uma corrente elétrica leva a uma reação química, criando assim o campo da eletroquímica.

Volta foi um grande nome da ciência de sua época e recebeu vários prêmios e honrarias, incluindo a Medalha Copley da Royal Society em 1794. Em 1801, ele fez uma demonstração de sua bateria para Napoleão, que o nomeou conde e senador do reino da Lombardia.

Em 1815, o imperador da Áustria nomeou-o professor de Filosofia em Pádua, e, em 1816, as suas obras foram publicadas em cinco volumes em Florença.
Retirou-se para a propriedade da família em Camnago, perto de Como, em 1819, e levou uma vida relativamente tranquila e privada até a sua morte, em 05 de março de 1827. O volt foi nomeado em sua homenagem em 1881.

Sem a invenção de Volta, não poderia haver tecnologia moderna. A bateria de Volta foi uma invenção absolutamente crucial no desenvolvimento de nossa civilização baseada em tecnologia.

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