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Deep Web

Nem o “todo poderoso” Google ou Bing encontram 100% do conteúdo da internet. Existem sites que um mecanismo de busca comum não consegue achar, endereços escondidos propositalmente dos buscadores.

O termo “Deep Web” foi cunhado em 2001, em um artigo intitulado The Deep Web: Surfacing Hidden Value, de autoria de Michael K. Bergman.

Na época, Bergman definiu “Deep Web” como todo o conteúdo que não é indexado por mecanismos de busca. O artigo apontava a Deep Web como sendo 400 a 500 vezes maior que a Surface Web, a qual era composta em 95% por informações de acesso público, mas que ainda assim não podia ser acessada de formas convencionais e sim por meio de requisições.

E o que exatamente estaria na Surface Web e da Deep Web?

Para tanto, precisamos primeiro entender como os sites funcionam. Todo serviço na internet possui dois componentes: a interface de interação com o usuário (por exemplo, a página que você está lendo agora, o catálogo de filmes da Netflix, ou o feed de notícias do Facebook) e o sistema responsável por garantir toda a integridade do serviço (por exemplo, o banco de dados deste site, os servidores onde a Netflix armazena seus filmes e séries, ou os bancos de dados contendo todas as informações dos usuários do Facebook).

A interface com o usuário é chamada de front-end e o sistema responsável por garantir a integridade do serviço é chamado de back-end.

Deep Web
Conforme talvez você tenha percebido, a definição de Deep Web cunhada por Bergman em 2001 condiz quase perfeitamente com a definição atual de back-end: a Deep Web de Bergman compreendia toda a informação armazenada no back-end, dentre a qual 95% do conteúdo correspondia à informações públicas.

Certo, mas ‘cadê’ a Deep Web que eu conheço?

Alguns anos após a publicação do artigo de Bergman, surgiram as redes anônimas e descentralizadas (Freenet, mais antiga delas e única exceção, surgiu em 2000). Essas redes permitiam que sites com atividades ilegais prosperassem. Além disso, elas exigiam que o usuário instalasse uma série de programas para permitir o acesso e os sites nelas hospedados inicialmente não eram indexados por buscadores comuns.

Assim, erroneamente e em uma interpretação grosseira do artigo de Bergman, as pessoas classificaram tais sites como parte da Deep Web. Essa definição é grosseira porque os sites hospedados em tais redes também possuem back-ends front-ends, os quais são igualmente programados para garantir que o usuário consiga interagir de forma amigável, algo que a Deep Web, pela definição de Bergman, não deveria possuir.

Em linhas gerais, a Deep Web de Bergman realmente é um incrível armazém de informações, mas essas informações simplesmente não podem ser acessadas, a menos que você conduza uma invasão ao servidor que as armazena. Já os sites hospedados nas redes anônimas e descentralizadas, que foram erroneamente anexados à Deep Web de Bergman podem ser acessados com alguns passos simples, mas não chegam nem perto de serem um repositório de informações tão vasto.

Mas quem garante que não possa existir uma rede com conteúdo sobrenatural ou de altíssimo valor?

Simplesmente não existem razões para que alguém programe uma rede do tipo. Se o objetivo é criar um sistema suficientemente seguro para armazenar dados confidenciais, a melhor alternativa é a construção de um prédio físico com servidores e acesso de pessoas controlado e, evidentemente, sem conexão com a internet. É o que a NSA, por exemplo, fez.

NSA Utah Data Center opening

Todos os sites nela são ruins?

Muitas universidades do mundo todo tem seus banco de dados nas profundezas secretas da web. Nela, é possível encontrar mecanismos específicos de busca para conteúdo das bibliotecas de várias instituições, como a Universidade da Califórnia e Oxford. A polêmica em torno da Deep Web, entretanto, cabe melhor á sua prima sombria, a Darknet.

Quais os piores boatos da Deep Web?

Quem imaginou que uma imagem de manequins do famoso Museu de Cera de Madame Tussaud seria usada para afirmar que humanos estavam sendo decapitados na Deep Web? A foto foi clicada após um incêndio que ocorreu em 19 de março de 1925 e danificou braços, cabeças e outros detalhes dos bonecos. Bastou uma legenda esperta para a galera se borrar.

Supostamente, o governo dos EUA detém evidências fotográficas de eventos sobrenaturais, guardadas a sete chaves para não causar pânico no público. Mas alguém teria vazado algumas delas, que mostram pessoas sem rosto em meio a multidões. Nada a ver: são montagens inspiradas em uma ação publicitária da Lotus, de 2008

O enredo é digno de filme de terror: cirurgiões estariam adquirindo crianças de 8 a 10 anos em orfanatos ou famílias miseráveis para transformá-las em bonecas sexuais vivas. Braços e pernas seriam trocados por membros de silicone e cordas vocais por borracha. A aberração seria vendida na Darknet, mas a balela tem várias incongruências. O gasto com tais cirurgias (incluindo os casos que não dariam certo) seria superior ao preço de venda das bonecas (supostamente, US$ 40 mil). Além disso, alega-se que as cobaias vêm do Leste Europeu, mas lá há uma burocracia pesada para se retirar uma criança.

Nerdologia:

Peixe Babel:

Fábrica de Noobs:

Fonte: http://www.fabricadenoobs.com.br/deep-web/

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