Clique aqui para ouvir o texto
Conferir as informações que recebemos antes de passá-las adiante deve ser a regra número um. Aqui está uma lista que você pode usar para despertar o cientista que há em você e, de quebra, proteger pessoas vulneráveis de receber conteúdos que podem até mesmo colocar a vida delas em risco:
Fonte: desconfie imediatamente se a mensagem ou o vídeo não citar as fontes das informações ou, ainda, mencionar fontes vagas e não rastreáveis, como “médicos italianos” ou “cientistas norte-americanos”. Informações confiáveis sempre virão de pessoas reais que você consegue facilmente achar no Google.
Data: a ausência de data junto à informação ajuda o boato a ter vida longa na internet e circular eternamente, em geral ressurgindo de tempos em tempos. Notícias reais estão sempre marcadas por uma data específica.
Autor: desconfie se as informações não tiverem autoria ou se o autor não for identificável. Notícias reais sempre vem com o nome do jornalista que as escreveu ou do veículo onde foram publicadas.
Erros de português: Fontes confiáveis de informação são sempre pessoas que sabem se comunicar escrever bem, por isso quase não cometem erros graves de escrita. Mensagens falsas, por outro lado, são cheias de erros de ortografia.
Apelo viral e de exclusividade: notícias falsas costumam vir acompanhadas de frases do tipo “não estão divulgando isso” ou “não querem que você saiba” e “compartilhe”, e ainda são noticiadas por uma única fonte. Se a informação for verdadeira, vai estar em todos os jornais de maior circulação do país e você a encontrará facilmente em uma busca na internet.
Afirmações de milagres e curas fáceis: é muito comum que essas alegações extraordinárias sejam feitas em mensagens falsas, sempre com coisas disponíveis no cotidiano: “comer fubá de cabeça para baixo cura dengue”, “enfiar a mão na farinha de trigo cura queimadura”. Se isso realmente fosse verdade, por que não estaria sendo usada nos hospitais e no resto do mundo? Será mesmo que aquela pessoa é a única que sabe é verdade? Não, né?
Agências e sites de checagem: essas plataformas têm equipes especializadas para rastrear informações falsas e checar a veracidade de notícias, sempre mostrando o passo a passo que seguiram para conferir tais informações. Se você ficar na dúvida sobre a mensagem ou vídeo que recebeu, procure saber se já foram analisados por esses sites.
Acompanhe o trabalho de divulgadores científicos e comunicadores de ciência: eles são pessoas treinadas para avaliar e interpretar criticamente as informações científicas e podem ajudá-lo no processo.
Clique no vídeo para ouvir o texto:
Fonte: Super-Heróis da Ciência – 52 brasileiros e suas pesquisas transformadoras
ISBN: 978-65-5511-133-0
Respondemos essa mesma pergunta de outro jeito aqui: https://cienciadoamanha.com/2018/04/21/como-fazer-uma-boa-pequisa/