O que é a Escala de Kinsey?

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Escala de Kinsey, também conhecida como Escala de Avaliação Heterossexual-Homossexual, é um modelo visual usado para descrever a orientação sexual de alguém em um determinado momento, com base em respostas a afirmações e perguntas. A escala varia de zero a seis, sendo o zero a heterossexualidade exclusiva e o seis a homossexualidade exclusiva. Um a cinco indica níveis crescentes de homossexualidade, com o número três indicando quantidades iguais de heterossexualidade e homossexualidade. A escala foi publicada pela primeira vez por Alfred Kinsey, Wardell Pomeroy e Clyde Martin no livro Sexual Behavior in the Human Male.(1948). Suas sugestões de fluidez sexual eram radicais e surgiram em um momento em que a discussão pública sobre sexo era envergonhada e a homossexualidade era criminalizada.

Em conferências privadas opcionais, ele entrevistou alunos individualmente sobre suas histórias sexuais. Depois de deixar o curso da universidade de Indiana, em 1940, Kinsey continuou sua pesquisa, que incluía coletar mais histórias sexuais. Kinsey usou essas entrevistas para criar sua escala, que era tanto uma visualização de suas descobertas quanto uma ferramenta de medição que ele continuou a usar em sua pesquisa.

No final, Sexual Behavior in the Human Male foi baseado nas histórias sexuais de mais de 5.000 entrevistados, incluindo homens casados, solteiros, institucionalizados, homens que se identificaram como homossexuais e homens que se identificaram como heterossexuais. Da amostra masculina de Kinsey, ele descobriu que 37% tiveram alguma experiência homossexual “até o orgasmo”, o que levou Kinsey a acreditar que a sexualidade era mais fluida do que era amplamente aceito pela sociedade na época. A escala é baseada em “experiência sexual aberta” e também em “reações psicossexuais”. Era importante para Kinsey separar o comportamento sexual da identidade sexual em sua pesquisa e escrita, pois ele achava que os rótulos de identidade sexual careciam de nuances e eram potencialmente prejudiciais. Existem vários questionários online baseados na Escala Kinsey, mas estes não são suportados por dados ou endossados pelo Instituto Kinsey. Embora desatualizada, a Escala Kinsey era inovadora na época. Foi um dos primeiros modelos a sugerir que a sexualidade não é um binário onde as pessoas poderiam ser descritas como heterossexuais ou homossexuais.

O tamanho da amostra de Kinsey foi extenso, embora nos anos seguintes à publicação sua pesquisa tenha sido criticada por falta de diversidade. Ao reanalisar os dados de Kinsey, descobriu-se que as amostras representavam melhor as populações brancas com nível universitário. Muitas pessoas acreditam que a escala de Kinsey não permite as nuances que a discussão cada vez mais complexa da sexualidade exige. Alguns argumentam que homossexualidade e heterossexualidade não são opostos perfeitos; ou seja, à medida que o comportamento homossexual aumenta, o comportamento heterossexual não diminui necessariamente (e vice-versa), como sugere a escala de Kinsey. Além disso, a escala faz pouco para abordar a assexualidade – que poderia viver em todo um espectro próprio – além de oferecer um “X” opcional para indicar falta de comportamento ou reação sexual.

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