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A ciência compreende as atividades realizadas pelos cientistas, fundamentando-se na definição precisa de fatos científicos, os quais possuem um perímetro de validade bem delimitado e universal. Essa universalidade permite sua aplicação na formulação de previsões confiáveis, embasadas em testes replicáveis e experimentos rigorosamente definidos e posteriormente validados. É crucial ressaltar que as hipóteses subjacentes a tais experimentos são objetivamente refutáveis, distinguindo claramente um “fato científico” de uma “opinião”.
Um fato científico difere da opinião na medida em que deve ser descrito dentro de um perímetro bem definido; não se pode falar de coisas “assim” sem um mínimo de precisão. Por exemplo, podemos debater se o sofá deve ir contra a parede dos fundos ou a esquerda. Você pode querer que ele vá para lá, porque há mais luz natural naquele local. Considerando que eu posso querer que ele vá para cá onde é mais prático para se movimentar. Ambos são opiniões válidas, mas também não são fatos, porque ambos estamos tomando nossas decisões com base em nossos próprios parâmetros (muitas vezes, indefinidos). Além disso, o resultado não seria universal, ou seja, os resultados dependeriam do dono do sofá.
No entanto, se concordarmos que o sofá deve ser colocado onde há mais luz natural – o que poderíamos definir prescrevendo uma distribuição de intensidade da luz em comprimentos de onda específicos – então temos um parâmetro definido e mensurável, que podemos estudar de maneira objetiva. Como tal, usando diferentes métodos, podemos pesquisar a localização precisa na sala onde há mais luz natural com base em medidas empíricas de raios UV, calor, tempo no sol por 24 horas etc. Usando esses resultados, podemos definir o perímetro de um fato científico, modelar matematicamente a localização precisa, universal, independente do dono do sofá na sala onde a luz mais natural é encontrada usando as técnicas analíticas necessárias.
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